A última versão do Padrão de sistema de gestão da energia, a ISO 50001:2018, foi publicada internacionalmente no dia 21 de agosto, 2018. Essa revisão marca a segunda edição do padrão e logo deve ser atualizada oficialmente no Brasil.
Desde sua publicação em 2011, a norma ISO 50001 tem se tornado extremamente relevante. Aproximadamente cerca de 20216 organizações já foram certificadas de acordo com a norma no final de 2016. De acordo com a instituição ISO, a evidência disponível mostra que as organizações que estão adotando a norma ISO 50001 se beneficiam de melhorias iniciais energéticas de 10% ou mais, tendo uma maior economia nos custos, em sua maioria sendo através de ações de baixo custo, ou nenhum custo para as operações.
A norma possui uma relevância global, principalmente por ser muito amigável aos negócios. Ela visa permitir que as organizações estabeleçam sistemas e processos que melhoram continuamente a performance energética – incluindo eficiência, uso da energia, e consumo de energia – dispondo os requisitos para um processo sistemático baseado em dados e fatos. Os indicadores de desempenho energético e linha de base (valor de referência), são dois elementos interconectados na ISO 50001, permitindo que as organizações demonstrem as melhorias em desempenho energético.
O sucesso da implementação de um sistema de gestão da energia requer uma mudança cultural dentro da organização e comprometimento de todos os seus níveis e funções, especialmente para os tomadores de decisão dentro da empresa. A ISO 50001 informa que a organização deve determinar problemas externos e internos, entendendo as necessidades e expectativas de partes interessadas e assim determinar os riscos e oportunidades que devem ser levadas em consideração para alcançar as metas estipuladas e melhorar a eficiência energética.
A nova versão possui conformidade com os requisitos da ISO para gestão dos sistemas padrões, incluindo a incorporação de uma estrutura de alto nível, texto base idêntico, e definições e termos comuns, dessa forma assegurando um alto nível de compatibilidade com outros sistemas, incluindo a ISO 9001:2015, ISO 14001:2015 e ISO 45001:2018.
As principais mudanças desde a última edição são:
- Adoção dos requisitos ISO para gerenciamento dos padrões de sistema, garantindo um alto nível de compatibilidade com outros sistemas;
- Suporte para integração com processos estratégicos de gestão;
- Esclarecimento da linguagem e organização;
- Maior ênfase no papel da gestão principal;
- Termos e definições foram atualizadas e colocadas em contexto;
- Inclusão de novas definições, incluindo “melhoria de desempenho energético”;
- Clarificação sobre a exclusão de tipos de energia;
- Clarificação das análises de energia;
- Normalização da energia;
- Adição de detalhes nos planos de informações energéticas, e requisitos relacionados;
- Clarificação dos textos dos indicadores de eficiência energética e linhas de base para um melhor entendimento dos conceitos.
O período de transição do novo padrão é de três anos.
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