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Impactos da Iniciativa Boomerang na economia circular

 

A Iniciativa Boomerang é uma equipe de profissionais da SGS que busca inovação e promove soluções em logística reversa, a fim de fomentar a Economia Circular entre as empresas.

Porém, quais são seus impactos na cadeia de produção?

 

Na iniciativa Boomerang, atuamos junto à TetraPak, para apoiar no escoamento das embalagens longa vida dentro dos conceitos de Economia Circular. Fazemos isso através de nossos agentes de campo que estão inseridos dentro dessa cadeia levantando dados e informações que são analisadas internamente, gerando soluções e diretrizes estratégicas para a empresa.

Para entendermos melhor como trabalhamos para promover a Economia Circular, ilustramos a baixo todas as etapas de produção – consumo – reciclagem das Embalagens Longa Vida:

 

Dentro desse contexto, atuamos diretamente nas etapas após o consumo do produto, através de:

  1. Apoio na educação ambiental a partir do fornecimento de informação e folhetos que expliquem a importância da separação dos materiais recicláveis, em especial as embalagens longa-vida;
  2. Mapeamento dos agentes da cadeia de reciclagem: associação, comércios e indústria recicladora, promovendo a sua melhor integração e o consequente escoamento das embalagens;
  3. Apoio técnico junto à Indústria Recicladora, no que diz respeito ao uso de equipamentos de reciclagem e possibilidade de novos usos dessa matéria-prima em outros mercados.

Com isso, impactamos positivamente essa cadeia promovendo a circularidade desse sistema. Nesse sentido, podemos destacar:

  • A preservação e aumento do capital natural sem degradar o meio ambiente.
  • Otimização no uso de recursos
  • Eficiência dos processos produtivos

Através da iniciativa Boomerang, realizamos o mapeamento do mercado na área, identificando oportunidades, desafios e potenciais parceiros alinhado com soluções logísticas, contando com informações da área para os desafios apresentados.

Nossa equipe de profissionais experientes e altamente qualificados, aliada à tecnologia em levantamento de dados e business inteligence, entrega soluções que geram vantagens competitivas reais a nossos clientes e permitem à sua organização demonstrar conformidade legal e com as melhores práticas do mercado em sustentabilidade. Clique aqui e entre em contato conosco.

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Conheça a Iniciativa Boomerang

 

Na atual economia, nosso meio de produção é feito de forma linear, o que significa que muito do que produzimos gera resíduos para o meio ambiente que não são reutilizados. No entanto, essa lógica começou a mudar com o conceito de modo de produção circular. Ou seja, aquele resíduo que seria descartado, agora se torna matéria-prima para um outro processo produtivo. É uma forma inteligente de aproveitarmos todos os recursos já produzidos, diminuindo a carga sobre o meio ambiente. E, é nesse contexto que a Iniciativa Boomerang se insere. A Iniciativa Boomerang é uma equipe de profissionais da SGS que busca inovação e promove soluções em logística reversa, a fim de fomentar a Economia Circular entre as empresas.

 

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Mas, como fazemos isso?

Contamos com uma equipe de 15 consultores de campo que estão em contato constante com os agentes da cadeia de reciclagem, entendendo os gargalos e promovendo oportunidades de reciclagem e logística reversa. A partir dessas informações coletadas, a equipe interna analisa os dados e gera inteligência nos negócios para nossos clientes.

Atualmente estamos atuando junto a Tetra Pak para promover o escoamento das embalagens Longa vida, aplicando na prática os conceitos de economia circular em toda a cadeia de reciclagem. Mais do que uma lente que acompanha os movimentos desse mercado, apoiamos nosso parceiro com dados para tomada de decisão, levantamos os riscos do projeto, além de apoiar na definição de diretrizes para Planejamento Estratégico e soluções inovadoras em logística reversa. Essas soluções não só beneficiam o meio ambiente, como também otimizam recursos e tornam a cadeia mais eficiente.

 

 

Quais soluções podemos oferecer?

Através da iniciativa Boomerang, realizamos o mapeamento do mercado na área, identificando oportunidades, desafios e potenciais parceiros alinhado com soluções logísticas, contando com informações da área para os desafios apresentados. Para saber mais sobre a iniciativa, entre em contato conosco!

A SGS oferece soluções em forma de auditorias e certificações assim como diversos serviços socioambientais e consultoria também. Para ficar a par de todas as novidades e serviços, você também pode acessar nossos materiais educativos, ou então pode clicar aqui e mandar uma mensagem. Ficaremos felizes em ajudar!

 

Veja as metas do 2º ODS: fome zero e agricultura sustentável

Veja as metas do 2º ODS: fome zero e agricultura sustentável

De acordo com seus 193 países membros, a ONU propôs a assinatura do que é chamado de Agenda 2030. E, essa agenda nada mais é do um plano global composto por 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169 metas no total para que todos esses países alcancem o objetivo do desenvolvimento sustentável em todas as áreas até o ano de 2030.

2º ODS

Hoje vamos abordar o 2º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável e suas respectivas metas. O objetivo 2 trata-se sobre acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar,  melhoria da nutrição e a promoção da agricultura sustentável.

Não só devido ao rápido crescimento econômico, mas também pelo desenvolvimento da agricultura, que nos últimos vinte anos houve a redução pela metade da proporção de pessoas subnutridas no mundo. Todavia, esse segundo objetivo tem por finalidade acabar até 2030, com todas as formas  de má-nutrição.

Sobretudo garantir durante todos os anos, que todas as pessoas tenham acesso suficiente a alimentos nutritivos.

Além disso, para que seja possível conquistar este objetivo, é necessário  que através do apoio à agricultura familiar, do acesso igualitário à terra, ao mercado e à tecnologia, sejam promovidas as práticas agrícolas sustentáveis.

Em virtude de um melhor entendimento do objetivo 2, a seguir vamos falar sobre as suas metas.

Metas do Objetivo 2

2.1 Até 2030, acabar com a fome e garantir o acesso de todas as pessoas, em particular os pobres e pessoas em situações vulneráveis, incluindo crianças, a alimentos seguros, nutritivos e suficientes durante todo o ano;

2.2 Até 2030, acabar com todas as formas de desnutrição, incluindo atingir, até 2025, as metas acordadas internacionalmente sobre nanismo e caquexia em crianças menores de cinco anos de idade, e atender às necessidades nutricionais dos adolescentes, mulheres grávidas e lactantes e pessoas idosas;

2.3 Até 2030, dobrar a produtividade agrícola e a renda dos pequenos produtores de alimentos, particularmente das mulheres, povos indígenas, agricultores familiares, pastores e pescadores, inclusive por meio de acesso seguro e igual à terra, outros recursos produtivos e insumos, conhecimento, serviços financeiros, mercados e oportunidades de agregação de valor e de emprego não agrícola;

2.4 Até 2030, garantir sistemas sustentáveis de produção de alimentos e implementar práticas agrícolas resilientes, que aumentem a produtividade e a produção, que ajudem a manter os ecossistemas, que fortaleçam a capacidade de adaptação às mudanças climáticas, às condições meteorológicas extremas, secas, inundações e outros desastres, e que melhoram progressivamente a qualidade da terra e do solo;

2.5 Até 2020, manter a diversidade genética de sementes, plantas cultivadas, animais de criação e domesticados e suas respectivas espécies selvagens, inclusive por meio de bancos de sementes e plantas diversificados e bem geridos em nível nacional, regional e internacional, e garantir o acesso e a repartição justa e equitativa dos benefícios decorrentes da utilização dos recursos genéticos e conhecimentos tradicionais associados, como acordado internacionalmente;

2.a Aumentar o investimento, inclusive via o reforço da cooperação internacional, em infraestrutura rural, pesquisa e extensão de serviços agrícolas, desenvolvimento de tecnologia, e os bancos de genes de plantas e animais, para aumentar a capacidade de produção agrícola nos países em desenvolvimento, em particular nos países menos desenvolvidos;

2.b Corrigir e prevenir as restrições ao comércio e distorções nos mercados agrícolas mundiais, incluindo a eliminação paralela de todas as formas de subsídios à exportação e todas as medidas de exportação com efeito equivalente, de acordo com o mandato da Rodada de Desenvolvimento de Doha;

2.c Adotar medidas para garantir o funcionamento adequado dos mercados de commodities de alimentos e seus derivados, e facilitar o acesso oportuno à informação de mercado, inclusive sobre as reservas de alimentos, a fim de ajudar a limitar a volatilidade extrema dos preços dos alimentos.

Se você quiser saber sobre as metas do 1º ODS – Erradicação da Pobreza, você pode clicar aqui.

Acompanhe nossos posts, pois em breve falaremos das metas dos outros Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

A SGS lançou a Plataforma 2030 TODAY. É ferramenta onde é possível criar vantagens competitivas e otimizar processos, auxiliando na implementação dos ODS nas empresas.  Saiba mais sobre o programa acessando a página do 2030 Today

 

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Santander assina contratos com 16 produtoras de biocombustíveis para escriturar CBios

mercado de compra e venda de créditos de descarbonização (CBios) vive um momento de definições. As usinas certificadas para a emissão dos títulos já podem cadastrar suas notas fiscais em uma plataforma que gera pré-CBios. Porém, a venda só será possível depois que os títulos forem registrados pela B3, em um processo que só deve começar a acontecer na segunda metade de abril.

Além disso, após o registro, os créditos precisam ser escriturados por uma instituição financeira e encaminhados para um ambiente de negociação, em mercado de balcão. A própria B3 deve disponibilizar sua plataforma para isso.

De acordo com reportagem publicada hoje (11) no Valor Econômico, o Santander também deve atuar na escrituração e comercialização dos títulos. Hoje, o banco deve assinar contratos com 16 empresas: Copersucar, Tereos, São Martinho, CerradinhoBio, Da Mata Açúcar e Álcool, Usina Vale do Paraná, Japungu, Clealco, Bioenergética Aroeira, Tietê Agroindustrial, Usina Batatais, FS Bioenergia, CMAA, Bevap, Bahia Etanol (BEL) e Jalles Machado.

Segundo estimativa, o RenovaBio poderá movimentar US$ 287 milhões ainda este ano, valor equivalente a mais de R$ 1,3 bilhão. O montante foi calculado com base em uma projeção do Ministério de Minas e Energia (MME) de que cada CBio será vendido, em média, a US$ 10. Além disso, a meta estipulada pelo governo prevê a aquisição de 28,7 milhões de CBios pelas distribuidoras de combustíveis fósseis ainda este ano.

Para 2021, a meta será de 41 milhões de CBios. Caso o preço médio dos títulos se mantenha conforme o previsto, o valor movimentado chegaria a US$ 410 milhões, ou R$ 1,9 bilhão.

“Nós queremos ser ‘o’ banco do RenovaBio”, disse o vice-presidente executivo da área corporativa do Santander, Mario Leão, ao Valor. De acordo com ele, o banco deve realizar encontros com as principais distribuidoras de combustíveis do país na primeira semana de abril.

Segundo a reportagem, porém, ele prefere não indicar qual fatia do mercado de escrituração de CBios o banco quer abocanhar. Ainda assim, o executivo teria ressaltado a proximidade da instituição com as usinas do setor de açúcar e etanol.

Além disso, ele não descartou a possibilidade de que o banco possa atuar como comprador e vendedor de CBios, com o objetivo de dar liquidez ao mercado – embora isso não deva ocorrer este ano. “Com a evolução da liquidez, conhecendo os demais atores, poderemos entrar”, disse.

Aqui na SGS oferecemos soluções em forma de auditorias e certificações assim como diversos serviços socioambientais e consultoria. Para ficar a par de todas as novidades e serviços, você também pode acessar nossos materiais educativos, ou então pode me mandar uma mensagem. Ficarei feliz em ajudar!

 

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NovaCana.com – 11 mar 2020 – 08:58 – Última atualização em: 12 mar 2020 

Conheça as metas do 1 ODS- erradicação da pobreza

Conheça as metas do 1º ODS: erradicação da pobreza

Em 2015, a Organização das Nações Unidas (ONU), percebendo que os indicadores econômicos, sociais e ambientais dos últimos anos não eram nada otimistas quanto ao futuro das próximas gerações, propôs aos seus 193 países membros a assinatura da Agenda 2030. Trata-se de um plano global composto por 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169 metas para que esses países conquistem o desenvolvimento sustentável em todas as esferas até 2030.

Cada objetivo possui suas respectivas metas e abordam diversos aspectos relacionados ao fato de serem essenciais para a viabilidade de uma sociedade sustentável. 

Uma das metas do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável número 1 é a Erradicação da Pobreza. Até 2030, o objetivo é reduzir pelo menos à metade, a proporção de homens, mulheres e crianças que vivem na pobreza extrema, em todas as suas dimensões. De acordo com cada realidade nacional, cada país que assinou o acordo deverá assumir o compromisso de cumprir a meta, colaborando com o desenvolvimento local.

Em 2005, cerca de 7% da população não tinha acesso adequado a saúde,  habitação, educação e bens e serviços essenciais. Em 2014, esse número caiu para 1%. De acordo com o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), nos últimos 10 anos, mais de 36 milhões de pessoas deixaram a pobreza crônica e multidimensional no Brasil. Com o início da Agenda 2030, o desafio será integrar os diferentes temas de desenvolvimento em uma agenda que unifique o crescimento econômico e a inclusão social com a sustentabilidade.

Para que você possa entender melhor o objetivo 1, abaixo vamos abordar as suas respectivas metas.

Objetivo 1 – Erradicação da Pobreza

Acabar com a pobreza em todas as suas formas e em todos os lugares

Metas do Objetivo 1

1.1 Até 2030, erradicar a pobreza extrema para todas as pessoas em todos os lugares, atualmente medida como pessoas vivendo com menos de US$ 1,90 por dia.

1.2 Até 2030, reduzir pelo menos à metade a proporção de homens, mulheres e crianças, de todas as idades, que vivem na pobreza, em todas as suas dimensões, de acordo com as definições nacionais.

1.3 Implementar, em nível nacional, medidas e sistemas de proteção social adequados, para todos, incluindo pisos, e até 2030 atingir a cobertura substancial dos pobres e vulnerável.

1.4 Até 2030, garantir que todos os homens e mulheres, particularmente os pobres e vulneráveis, tenham direitos iguais aos recursos econômicos, bem como o acesso a serviços básicos, propriedade e controle sobre a terra e outras formas de propriedade, herança, recursos naturais, novas tecnologias apropriadas e serviços financeiros, incluindo microfinanças.

1.5 Até 2030, construir a resiliência dos pobres e daqueles em situação de vulnerabilidade, e reduzir a exposição e vulnerabilidade destes a eventos extremos relacionados com o clima e outros choques e desastres econômicos, sociais e ambientais.

1.6 Garantir uma mobilização significativa de recursos a partir de uma variedade de fontes, inclusive por meio do reforço da cooperação para o desenvolvimento, para proporcionar meios adequados e previsíveis para que os países em desenvolvimento, em particular os países menos desenvolvidos, implementem programas e políticas para acabar com a pobreza em todas as suas dimensões

1.7 Criar marcos políticos sólidos em níveis nacional, regional e internacional, com base em estratégias de desenvolvimento a favor dos pobres e sensíveis a gênero, para apoiar investimentos acelerados nas ações de erradicação da pobreza

Em breve falaremos das metas dos outros Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). 

A SGS lançou a Plataforma 2030 TODAY. É ferramenta onde é possível criar vantagens competitivas e otimizar processos, auxiliando na implementação dos ODS nas empresas.  

Saiba mais sobre o programa acessando a página do 2030 Today

Saiba mais sobre as diretrizes da GRI para a elaboração de Relatórios de Sustentabilidade

Saiba mais sobre as diretrizes da GRI para a elaboração de Relatórios de Sustentabilidade

O Desenvolvimento Sustentável deixou de ser apenas uma ideia para se tornar um importante requisito de responsabilidade. Sua aplicação está se ampliando nas mais diversas empresas, independentemente do porte, segmento ou localidade. Podemos defini-lo como um conjunto de práticas voltadas para suprir as necessidades do presente sem prejudicar as gerações futuras.

Levando em conta sua importância para uma sociedade mais próspera e harmônica, organizações de todos os tipos passaram a debater, refletir e criar diretrizes que fossem capazes de regulamentar comportamentos e práticas sustentáveis, abrangendo principalmente os setores econômico, ambiental e de direitos humanos.

E assim surgiu as diretrizes da GRI, resultantes de um esforço contínuo em unir progresso e equilíbrio.

Diretrizes da GRI

A GRI (Global Reporting Initiative), fundada em 1997, é uma organização internacional que tem como missão auxiliar outras instituições a definir estratégias responsáveis para combater a corrupção, as mudanças climáticas causadas pela ação do homem, os desequilíbrios sociais, entre outros fatores urgentes.

A GRI é responsável por criar e disponibilizar diretrizes, princípios e indicadores de desempenho amplamente aceitos para relatórios de sustentabilidade, visando melhor orientar o desempenho econômico, ambiental e social das organizações.

Saiba mais

Elaborar relatórios de sustentabilidade realmente não consiste em tarefa fácil. Como podemos perceber, é preciso levar vários aspectos em consideração para conseguir obter conteúdos completos e de qualidade.

É por isso que a GRI disponibiliza orientações gerais, que viabilizam a estruturação de relatórios de sustentabilidade que atendam a requisitos básicos.

Vamos conferir?

Viabilidade

No processo de elaboração de relatórios, é imprescindível definir alguns tópicos estratégicos.

De que maneira os dados ficarão disponíveis? Sobre as informações restritas, como garantir a sua confidencialidade? Como se dará a coleta de dados e qual a estimativa de custo para seu tratamento?

Solucionar previamente essas e outras questões pertinentes é de fundamental importância para avaliar a viabilidade dos relatórios. É preciso ter em mãos o máximo de informações e adiantar a resolução de eventuais obstáculos para garantir a efetividade desse processo.

Acessibilidade

Para que todos os stakeholders, isto é, pessoas interessadas, tenham um contato efetivo com as informações dos relatórios, é necessário que a acessibilidade seja assegurada. Definir os meios de divulgação é um passo importante para isso.

Seja por meio de impressões em papel ou pela internet, os relatórios publicados precisam estar sempre ao alcance de seus usuários.

No caso de se optar pela divulgação via internet, é recomendável bastante cautela com a utilização de muitas referências e links. Informações muito dispersas ou fragmentadas podem comprometer o entendimento dos stakeholders.

Definir um ciclo de publicação também é fundamental para atualizar os stakeholders e assegurar a sua acessibilidade, desde que sejam informados sobre qual será o intervalo dessas publicações.

Credibilidade

Em tempos de proliferação de informações falsas e desconexas, priorizar pela credibilidade de conteúdo é o melhor caminho para garantir integridade nas organizações.

Para tanto, vale a pena investir no fortalecimento do controle interno. Além disso, a contratação de equipes especializadas viabiliza uma verificação profissional e propicia maior segurança e comodidade nesse processo.

A SGS tem alto nível de competência para a elaboração de relatórios de sustentabilidade. Entre em contato para saber mais!

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RenovaBio deve estimular retorno do crescimento da produção

O setor sucroenergético tem algumas datas referências, como 1973 no caso do Proálcool e 2003 com a entrada dos carros flex. Pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, indicam que, agora, 2020 será marcado como o ano que possibilitará, por meio do Programa Renovabio, a retomada do crescimento da produção desse biocombustível. O início do Programa foi estabelecido para janeiro de 2020, e muitas das decisões necessárias para a sua implantação já foram tomadas ou estão em andamento.

Outro ponto que deve favorecer o esperado crescimento do mercado brasileiro de etanol é a possibilidade do uso de outras matérias-primas além da cana-de-açúcar para a produção de etanol, como o milho. Agentes do setor estimam aumento expressivo da produção de biocombustível a partir desse cereal, podendo ultrapassar de 10% do total nacional nos próximos dois anos.

Pesquisadores do Cepea apontam que, em Mato Grosso, principal estado que produz etanol de milho, das 15 usinas existentes no estado, três são flex — utilizam cana e milho na produção de etanol — e duas são dedicadas à produção de etanol do cereal. Em breve, algumas usinas mato-grossenses também devem passar a processar o milho, enquanto outras devem ser construídas especialmente para o processamento desse cereal.

COMPETITIVIDADE DO ETANOL

O preço do etanol deve continuar competitivo relativamente à gasolina nos estados onde ocorre a maior parte da produção e consumo nacional. A proximidade do preço do etanol relativamente ao da gasolina (considerando-se diferenciais de rendimento energético), por sua vez, vai depender da taxa de crescimento da renda. Pesquisadores do Cepea ressaltam que, quando a renda aumenta, o consumo de combustível também cresce, tanto pela maior aquisição de veículos que passam a fazer parte da frota quanto pelo maior uso daqueles já existentes.

MERCADO INTERNACIONAL

A Agência de Proteção Ambiental Americana (EPA, na sigla em inglês) reduziu sua projeção de importação de etanol brasileiro produzido a partir da cana-de-açúcar, visando cumprir mandados de uso de biocombustíveis avançados. A estimativa agora é que apenas 60 milhões de galões de etanol brasileiro sejam importados em 2020, o que corresponde a somente uma pequena parte do total de biocombustível avançado a ser utilizado (5,04 bilhões de galões) pela frota norte-americana.

Já a cota específica para bicombustíveis celulósicos deve crescer um pouco, passando de 420 milhões de galões de 2019 para 540 milhões de galões em 2020. Algumas usinas brasileiras, que produzem etanol a partir de bagaço, têm a possibilidade de atender parte dessa demanda.

Atualmente, cerca de 85% do etanol no mundo é consumido pelos Estados Unidos, pela União Europeia e pelo Brasil — outros 60 países já introduziram, de alguma forma, o etanol em sua matriz energética. Pesquisadores do Cepea indicam que a Ásia, no entanto, poderá alterar esse padrão concentrado de consumo no médio prazo, especialmente por meio do uso de veículos nos países mais populosos e que já sofrem com condições ambientais adversas, especialmente nos grandes centros. Nesse contexto, somente um aumento expressivo da produção brasileira de etanol poderia inserir o País entre os players que atenderiam o mercado asiático. Atualmente, a produção brasileira de etanol é suficiente apenas para suprir o mercado doméstico — o Brasil exporta e importa quantidades equivalentes.

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Fonte: União Nacional da Bioenergia

 

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O que é a Pegada de Carbono?

Pegada de carbono ou Carbon footprint é a nossa pegada ambiental no mundo, ou seja, é a quantidade de gás dióxido de carbono que produzimos.

Todos os dias, pessoas e empresas, através das suas atividades e rotinas habituais – produzem dióxido de carbono, um gás poluente que é liberado na atmosfera. Esse e outros gases tem um efeito estufa – eles “seguram “ o calor na atmosfera do planeta o que, por sua vez, contribui para o aquecimento global.

Esse aquecimento tem efeitos prejudiciais sobre o meio ambiente, a vida humana e animal.

Por tudo isso, é nossa responsabilidade conhecer a pegada de carbono de tudo que produzimos e consumimos, e optar por marcas que sejam ambientalmente responsáveis, que conheçam sua pegada e tenham projetos para diminuir esse impacto.

Como é calculada uma pegada de carbono?

Atualmente as empresas buscam quantificar as suas emissões de GEE através de um inventário visando reduzir custos e adotar estratégias a fim de contribuir com a preservação do meio ambiente e não favorecer a elevação da temperatura do planeta.

Os Inventários de Gases de Efeito Estufa são um retrato das emissões de gases geradas pelas atividades diretas e indiretas de uma organização. Nos últimos anos, estudos indicam que o aumento desses gases na atmosfera vem causando as mudanças climáticas no planeta Terra.

A SGS é acreditada pela CGCRE (INMETRO) para ISO 14064 e Programa Brasileiro GHG Protocol e faz a verificação de inventários de emissão de GEE, além de projetos de redução de emissões para empresas de todos os setores.

Como posso medir minha pegada de carbono?

O inventário de GEE é fundamental para uma empresa saber a quantidade de gases que ela emite diretamente e indiretamente por tipo de atividade. Além disso, uma empresa que realiza um inventário de GEE profissional tem os seguintes benefícios:

  • Reconhecimento no mercado atual, tanto por parte dos fornecedores como dos consumidores agregando valor à marca;
  • Compromisso com a sociedade no conhecimentos e gestão dos impactos de suas atividades;
  • Base de informações para estabelecer uma estratégia de redução e compensação das emissões de gases GEE;

Essas medidas trazem uma vantagem real, pois, além de serem ideais para o meio ambiente, geram redução no custo das organizações.

Conte com a SGS para uma avaliação de emissões de Gases de Efeito Estufa

De certificação ISO à serviços completos de verificação, diagnóstico, elaboração de relatório e projetos de redução de GEE, nossas soluções de sustentabilidade, promovem a melhoria real da eficiência operacional e abrem oportunidades de novas linhas de investimento.

Demonstre o compromisso com o meio ambiente e obtenha vantagens reais para o seu negócio. Para saber mais, baixe nosso E-book – Conheça os benefícios do GHG Protocol ou clique aqui e entre em contato conosco.

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Usina Vale do Paraná é certificada para o RenovaBio

Unidade é a 1ª com 100% da cana elegível

A Usina Vale do Paraná, associada UDOP, tornou-se no início desta semana a primeira usina do Brasil a ter 100% de sua área de cultivo elegível no Programa RenovaBio. Com a certificação por parte da ANP — Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, a usina, pertencente aos grupos Manuelita, da Colômbia, e Pantaleon, da Guatemala, já poderá negociar CBIOs a partir de janeiro de 2020.

Segundo o diretor geral da Vale do Paraná, Alberto José Otoya Dussan, a trajetória para a certificação no RenovaBio da usina teve início em março de 2019 com a contratação de uma firma inspetora para a realização de auditoria nos processos agroindustriais que se encontram normatizados.

“As normas incluem a descrição detalhada dos procedimentos, segurança operacional, regulamentações, rastreabilidade dos insumos, combustíveis, lubrificantes, equipamentos e mão de obra utilizada em processos agroindustriais realizados para cultivar, colher e processar cana-de-açúcar, abrangendo 100% da área de cultivo”, destacou Alberto Otoya.

O diretor geral da Vale do Paraná explicou ainda que finalizada a auditoria a unidade abriu consulta pública no dia 4 de junho de 2019 com o objetivo de obter a nota de eficiência energética ambiental junto à ANP. “Após várias revisões e atualizações do processo de Certificação e esclarecimentos solicitados pela ANP, a Certificação foi publicada em 18 de novembro de 2019”, explicou.

“Para a Vale do Paraná é de suma importância ter obtido a Certificação RenovaBio que está de acordo com a filosofia de sustentabilidade que tem sido a essência de nossos patrocinadores por mais de 170 anos, que trouxeram e adaptaram sua Filosofia, Valores Corporativos e novas Tecnologias, para garantir a sustentabilidade do negócio, realizando uma Gestão empresarial do cultivo e processo de cana-de-açúcar, com o propósito central e fundamental de gerar progresso e bem estar com empresas e produtos agroindustriais exemplares, a partir do aproveitamento racional e sustentável dos recursos naturais”, destaca Alberto Otoya.

Mais investimentos

Segundo o diretor geral da Vale do Paraná, o grupo continuará realizando investimentos para incrementar as eficiências energéticas dos processos e minimizar a emissão de gases causadores de efeito estufa. “Estamos finalizando a implementação da otimização energética que permitirá exportar excedentes de energia, gerada a partir da própria biomassa da cana, além de nosso projeto de recuperação de gás metano da vinhaça como combustível renovável”.

A Usina Vale do Paraná iniciou sua operação em agosto de 2008 e a partir de janeiro de 2013 os grupos Manuelita e Pantaleon assumiram o controle da operação, implantando sua filosofia de sustentabilidade.

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Rogério Mian
Fonte: Notícias Agrícolas

 

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Conheça os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)

Conheça os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)

Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) foram adotados em 2015, a partir da reunião de chefes de Estado e de Governo na sede da Organização das Nações Unidas, em Nova York. Foi uma decisão histórica dos países-membros da ONU para unir forças em prol de uma Agenda Mundial de Desenvolvimento Sustentável, que deve ser cumprida até o ano de 2030

Conheça os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e entenda como incorporar os ODSs na sua organização, evoluir de forma sustentável e comunicar de forma eficiente ao mercado.

 

1. Erradicação da pobreza

Desenvolve produtos ou serviços que beneficiam e melhoram a qualidade de vida de grupos economicamente vulneráveis. 

 

2. Fome zero e agricultura sustentável 

Apoia pequenos produtores de alimentos e a agricultura familiar.

 

3. Saúde e Bem-estar

Incentiva comportamentos saudáveis entre seus públicos e melhora o acesso de seus colaboradores aos cuidados com a saúde.

 

4. Educação de qualidade 

Assegura que os funcionários de suas operações diretas e da cadeia de fornecimento tenham acesso a treinamento profissional e oportunidades de aprendizagem

 

5. Igualdade de Gênero

Trata mulheres e homens de forma justa, com oportunidades iguais de crescimento profissional e equiparação de cargos e salários. 

Respeita e apoia os direitos humanos e combate toda e qualquer discriminação à diversidade.

 

6. Água potável e Saneamento

Implanta estratégias de gestão da água que sejam ambientalmente sustentáveis  e economicamente benéficas na região hidrográfica onde atua.

 

7. Energia Acessível e Limpa

Aumenta sua eficiência energética, utiliza fontes renováveis e leva essas mesmas ações à sua cadeia de suprimentos.

 

8. Trabalho decente e crescimento econômico

Garante condições de trabalho decente para funcionários em toda a sua operação e na cadeia de negócios e suprimentos. Cria empregos decentes e formais em setores intensivos em mão de obra. Educa e treina para o trabalho.

 

9. Indústria, Inovação e Infra-estrutura

Investe em tecnologia para criar produtos, serviços e modelos de negócios Que promovam uma infraestrutura sustentável, moderna e resiliente.

 

10. Redução das desigualdades

Cria e implementa produtos, serviços e modelos de negócios que visam explicitamente às necessidades das populações desfavorecidas e marginalizadas. Desenvolve políticas de compras que beneficiam pequenas empresas da região em que atua.

 

11. Cidades e comunidades sustentáveis

Pesquisa, desenvolve e implanta produtos e serviços que melhoram o acesso a edifícios resilientes, mobilidade eficiente, limpa e moderna e a espaços comuns verdes. 

Reflete sobre as melhores políticas de deslocamento e mobilidade de Funcionários, bem como de produtos e matéria-prima, dentro do contexto urbano.

 

12. Consumo e produção responsáveis

 

Desenvolve, implementa e compartilha soluções para rastrear e divulgar a procedência de seus produtos, informar o consumidor por meio de políticas de rotulagem e monitora a eficácia dessa ação buscando o desenvolvimento da consciência ambiental e social na sociedade.

 

13. Ação contra a mudança global do clima

Reduz substancialmente as emissões associadas às operações próprias e às da cadeia de suprimentos, em alinhamento com os mecanismos de regulação climática.

 

14. Vida na água 

Pesquisa, desenvolve e implementa produtos, serviços e modelos de negócios que eliminam impactos nos ecossistemas oceânicos e colaboram para sua restauração.

 

15. Vida terrestre

Implementa políticas e práticas para proteger os ecossistemas naturais que são afetados por suas atividades e pelas ações de sua cadeia de suprimentos.

Investe em pesquisa e tecnologia para o desenvolvimento de produtos, embalagens biodegradáveis, proporcionando assim uma mudança na própria indústria.

 

16. Paz, justiça e instituições eficazes

Identifica e toma medidas eficazes contra a corrupção e a violência, nas suas próprias operações e nas de sua cadeia de abastecimento.

 

17. Parcerias e meios de implementação

Atua em conjunto com o governo e sociedade civil em prol dos Objetivos De Desenvolvimento Sustentável

 

Para auxiliar na implementação dos ODS nas empresas, a SGS lançou a Plataforma 2030 TODAY, que cria vantagens competitivas e otimiza processos. Além de agregar valor otimizando tempo e centralizando os dados e valorizando a sustentabilidade corporativa.

Saiba mais sobre o programa acessando o 2030 Today 

tumb - economia circular

SGS participa do encontro Economia Circular em São Paulo

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) realizou o Encontro Economia Circular e a Indústria do Futuro, em 24 de setembro de 2019, no WTC Events Center, em São Paulo. O evento promoveu o debate sobre a adoção de princípios de circularidade e o desenvolvimento de novos mercados e cadeias produtivas para a indústria do futuro.

Lá, a Iniciativa Boomerang que é um grupo especialista da SGS que visa aprimorar a logística reversa no cenário do Brasil participou das ativações e palestras contando com nosso representante Lucas Vasconcelos.

Através do mapeamento dos desafios da logística reversa, presença em campo junto aos elos da cadeia e promovendo a divulgação e implementação de conhecimentos técnicos e consultoria, a iniciativa boomerang tem aumentado exponencialmente a eficiência de processos de logística reversa.

Durante o encontro, três principais temas foram abordados, sendo eles:

  • Políticas públicas: fomentar o diálogo sobre a qualidade do ambiente regulatório favorável à transição para a economia circular
  • Modelos de negócio: compartilhar experiências empresariais do Brasil e de outros países que gerem novos valores e maior competitividade para a indústria
  • Financiamento: identificar linhas de crédito que estimulem investimentos em inovação e novos modelos de negócios.

Além disso, diversas pesquisas inéditas foram divulgadas durante o evento, como por exemplo o fato curioso de que 74,6 das indústrias brasileiras adotam alguma prática de economia circular, mas 70% não sabe que as iniciativas se enquadram nesse conceito. Fato importantíssimo que ressalta a importância de iniciativas como o grupo boomerang para trazer o conhecimento sobre economia circular para o mundo real das empresas.

Você pode fazer o download da pesquisa completa através do link abaixo:

https://bit.ly/2mW966g

Além disso possuímos outros materiais que tratam sobre os fundamentos da economia circular e sua importância no mercado da indústria. Você pode acessa-los através desse link também.

 

Aqui na SGS oferecemos soluções em forma de auditorias e certificações assim como diversos serviços socioambientais e consultoria. Para ficar a par de todas as novidades e serviços, você também pode acessar nossos materiais educativos, ou então pode me mandar uma mensagem clicando aqui.

 

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CBios serão ativos ambientais; regulamentação ficará a cargo do CNPE

Clipping – NovaCana – NovaCana.com 

Em reunião realizada ontem (22), representantes do Ministério de Minas e Energia (MME), do Ministério da Economia, do Banco Central (BC), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da B3 estabeleceram que os créditos de descarbonização criados pelo programa RenovaBio, os chamados CBios, serão comercializados como ativos ambientais.

Conforme reportagem do Valor Econômico, isso implica que as negociações dos créditos devem ocorrer nos moldes das de valores mobiliários. Além disso, a reportagem aponta que as regras de negociação dos CBios devem prever limitações à atividade especulativa, ao menos no início. Com isso, os operadores do mercado devem ter um limite para compras. No médio prazo, entretanto, a ideia é incluir outras ferramentas de mercado.

De acordo com nota enviada pelo MME à imprensa, os representantes da B3 afirmaram que serão utilizados como modelo outros ativos disponíveis no seu sistema operacional, que já tem disponibilidade financeira para atender às exigências do RenovaBio. “A partir de agora, a Bolsa espera a procura de potenciais interlocutores, que incluem escrituradores, bancos e corretoras, para ajudar na construção do ambiente de registro e negociação”, complementa.

Na reunião, também foi estabelecido que o Banco Central não precisará regular os CBios. “A representação do Banco Central manifestou um entendimento técnico sobre a dispensa de necessidade do órgão em regular o CBio, considerando sua competência”, afirma o MME, que justifica: “Na visão do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro (Denor) do Banco Central, os CBios podem ser regulamentados pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), sem prejuízos ao processo de escrituração que será realizado por uma instituição financeira e às negociações que se darão no mercado organizado”.

Desta forma, o CNPE terá que aprovar uma resolução antes do RenovaBio entrar em vigor, em 2020. O texto deverá tratar das regras de emissão, vencimento, distribuição, intermediação, custódia e negociação dos CBios.

Os membros efetivos do CNPE são os ministros do MME; do Mapa; da Casa Civil; do Ministério da Economia; do Ministério do Meio Ambiente; do Ministério de Relações Exteriores; do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações; do Ministério de Desenvolvimento Regional; e do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, além do presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Também há membros designados para representar os estados, a sociedade civil e a Universidade de Brasília.

Por sua vez, fica a cargo da B3 a disponibilização das informações de negociação enviadas ao mercado, as regras de controle de risco e a liquidação financeira da negociação do ativo ambiental.

Além disso, segundo o MME, o BC deve continuar realizando reuniões com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Ambima) e com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). O objetivo é “garantir o processo mais adequado para emissão e negociação dos CBios”.

As entidades representantes dos bancos fazem parte da articulação, pois a emissão dos CBios, conforme estabelecido pela lei que criou o RenovaBio, deve ser realizada por um escriturador, um banco ou uma instituição financeira contratada pelo produtor de biocombustível.

Conforme o decreto nº 9.964, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) é responsável pela formação do lastro dos CBios. Para isso, é preciso que seja desenvolvido um sistema informatizado que analise as notas fiscais de venda de biocombustíveis por parte dos produtores e defina as que são elegíveis para a emissão de CBios.

Paulo Costa, coordenador de biodiesel do MME, explica que, após a ANP analisar as informações fornecidas pelos produtores, é definida a quantidade de CBios referente à produção analisada e qual foi “o processo comercial que deu base a essa quantidade”.

Com essa informação em mãos, o banco ou escriturador que possui contrato com o produtor vai registrar os CBios gerados no seu sistema interno e, em seguida, disponibilizá-los no mercado organizado, ou seja, na B3, em uma conta do próprio produtor.

Caberá ao produtor, a partir deste momento, definir o preço de oferta dos seus CBios para que qualquer interessado – distribuidor, pessoa física, investidor – possa comprar. Como as distribuidoras terão uma meta de CBios a serem adquiridos anualmente, eles irão fechando negócio com os produtores e acumulando os créditos, afirma Costa.

Essas comercializações acontecerão anualmente até uma data determinada pela ANP, quando analisará a carteira do distribuidor e definirá se ele está passível, ou não, a alguma penalização de acordo com o comprimento da meta pré-determinada.

O gerente ainda acrescenta que, como os CBios estarão disponíveis em um mercado aberto, qualquer pessoa poderia comprar os títulos, com o mercado indo além das distribuidoras. Desse modo, ele espera que os títulos tenham “bastante liquidez”. “É isso que ajudará na formação de preços desse novo ativo” afirma, e completa: “Porém, todo esse processo de comercialização ainda carece de regulamentação”.

Decisão encontrou obstáculos

A escolha pela classificação dos CBios como ativos ambientais, tomada apenas quatro meses antes do início previsto para a comercialização dos títulos, veio após uma série de controvérsias. A princípio, os CBios seriam caracterizados como valores imobiliários, porém, um relatório coordenado pelo Instituto Escolhas, ao qual o novaCana teve acesso, concluiu que isso não seria possível.

A justificativa é que os títulos que recebem a classificação de valor imobiliário geram um direito de participação, parceria ou remuneração, o que não seria o caso dos CBios. Além disso, a comercialização dos CBios estaria relacionada a metas estabelecidas pelo governo e não ao objetivo de rendimento financeiro.

Assim, a proposta era que os CBios fossem ativos financeiros e, neste caso, a regulamentação passaria a ser responsabilidade do Banco Central.

A decisão contava com o apoio do MME e da Febraban. Em junho, o diretor de sustentabilidade e marketing da Febraban, Mário Sérgio Vasconcelos, afirmou que o BC ainda tinha dúvidas sobre como tratar o título, mas que estariam acontecendo “conversas constantes” sobre o assunto.

“Eu já chamo de ativo financeiro que é para não dar chance de chamarem de outra coisa”, afirmou o diretor do departamento de biocombustíveis do MME, Miguel Ivan Lacerda, durante painel no evento Ethanol Summit, realizado pela União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica).

De acordo com ele, a regulamentação dos títulos estaria acontecendo seis meses depois do previsto, pois as usinas de cana-de-açúcar teriam preferência pela classificação como valor imobiliário, modalidade que possui uma tributação menor.

Na ocasião, Lacerda ainda relatou que haveria a possibilidade de classificação dos CBios como commodity, gerando um mercado de futuros – inclusive com a possibilidade de uma alteração posterior para ativo financeiro. “Acho que não é crime se não conseguirmos regulamentar como ativo financeiro até 2020. (…) Podemos fazer isso posteriormente”, disse.

A posição foi reforçada pelo coordenador de biodiesel do MME, Paulo Costa, em entrevista concedida ao novaCana na última sexta-feira (16). “Ainda não está bem esclarecido: ativo financeiro ou commodity ambiental”, afirmou. De acordo com ele, cada uma das opções teria suas “consequências”: “Se for ativo financeiro, o BC vai fazer tudo. Se for commodity, a gente vai propor alguns atos e algumas ações. E estamos estudando quais são elas”.

“Se for ativo financeiro, a tutela é total do BC. Já se for commodity ambiental, ela não fica com o BC e sim, conosco, com o mercado”, Paulo Costa (MME)

Apesar disso, Costa ainda afirmava que a ação principal ficaria a cargo do Banco Central. “Acreditamos na possibilidade de ser um ativo financeiro. É isso que estamos debatendo no momento”, relatou.

Conforme Costa, caso a opção fosse pela commodity ambiental, o MME passaria a ser “gestor” do RenovaBio, o que implicaria em uma responsabilidade maior. “Foi feito um levantamento interno com o Banco Central, o presidente do BC e técnicos; as coisas estão em ebulição dentro do BC. São discussões técnicas, políticas e vários tipos de embate para termos a definição que melhor se adeque ao mercado”, aponta.

Naquele momento, ele acreditava que a decisão sobre como os CBios seriam categorizados sairia em menos de duas semanas – o que efetivamente aconteceu. Porém, ainda não havia a previsão de quando as regras realmente seriam estabelecidas. “Para o instrumento em si, a gente ainda não tem expectativa”, alega.