ESG e a cadeia de fornecedores

A sigla ESG vem do inglês e significa Environmental, Social and Governance que, traduzindo, significa Ambiental, Social e Governança.  Está relacionada a três fatores básicos que norteiam uma organização a realizar ações que foquem em sustentabilidade em seus negócios e que promovam impacto social.

Esse termo já ganhou bastante espaço no mundo corporativo e tem se tornado cada vez mais relevante para embasar o planejamento estratégico de uma empresa. Por isso, é importante que as companhias façam uma boa gestão de sua cadeia de fornecedores. Afinal, a escolha dos parceiros de negócio também devem ser socialmente responsáveis e alinhados aos princípios da empresa.

Impacto dentro da sustentabilidade na cadeia de fornecedores 

Impacto financeiro

Atualmente as empresas que realizam investimentos em sustentabilidade têm uma base maior de clientes e têm mais lucratividade. Isso vem ocorrendo pois as pessoas estão optando por adquirir produtos e serviços de empresas que adotem práticas sustentáveis. 

As organizações que investem em ações sustentáveis estão à frente daquelas que não possuem essa cultura e por consequência podem ter uma saúde financeira melhor e mais positiva comparada àquelas que não atuam dessa forma.

Impacto reputacional

Primeiramente, quando o assunto é risco reputacional, trata-se nada da possibilidade da empresa perder valor de mercado devido a práticas não sejam aceitas, seja no âmbito ético, moral, de sustentabilidade, entre outros. 

A gestão da cadeia de fornecedores deve ser feita com assertividade para que seja possível identificar os riscos reputacionais que englobam o ESG. 

Por exemplo, se um fornecedor que a sua empresa contratou realizar alguma atividade ilegal que prejudique o meio ambiente, sua empresa também estará diretamente ligada de certa forma a esse ato. Consequentemente, isso pode acarretar na diminuição do seu valor de mercado, sem falar dos outros riscos.

Portanto, é importante ficar claro que o impacto reputacional está diretamente ligado à sustentabilidade na cadeia de fornecedores.

Impacto operacional

Outra questão importante em que é preciso se atentar é o risco operacional. Este é risco relacionado à rotina da companhia, como por exemplo um prestador de serviços terceirizado que não cumpre regras ambientais e tem sua atividade suspensa pela autoridade competente. No entanto, o fornecedor que realiza suas atividades baseado nos pilares do ESG, dificilmente terá problemas como esse. 

Benefícios em investir na sustentabilidade na cadeia de fornecedores

Conforme mencionado anteriormente, os consumidores vêm adotando hábitos de consumo diferentes, fazendo com que as empresas adotem práticas que estejam de acordo com os novos comportamentos. 

Pesquisas mostram que mais de 80% dos consumidores acreditam que as empresas têm obrigação de ajudar a melhorar o meio ambiente e que mais de 60% destes consumidores estão muito preocupados com as questões de poluição, uso de embalagens biodegradáveis, etc.

No que diz respeito à regulação, cada vez mais os governos estão atuando de acordo com as questões ambientais, ou seja, as empresas que não realizarem ações que estejam relacionadas a ESG estarão cada vez mais restritas para operar no mercado.

Portanto, adotar práticas como essas será cada vez mais exigido para que as empresas possam sobreviver a longo prazo e gerar resultados mais positivos.. 

A cadeia de fornecedores deve adotar tais práticas assim como as empresas, afinal, empresas que possuem relação de trabalho com empresas terceiras sem a due diligence, podem ser bastante impactadas. 

Concluímos que, é primordial fazer uma ótima gestão de fornecedores e escolher cuidadosamente quem será seu parceiro, para ter certeza de que este compartilhe das mesmas visões de negócio que a sua empresa. 

Saiba como implementar a sustentabilidade na cadeia de fornecedores 

Existem algumas maneiras de implementar os conceitos do ESG na cadeia de fornecedores. Mas, uma forma bastante efetiva é criar questionários e formulários com questões sobre ações sustentáveis e ambientais para que os fornecedores possam responder.

Outra estratégia que pode ser colocada em prática é solicitar uma documentação relacionada aos produtos e serviços que esse fornecedor oferece. Por exemplo, se ele vende produtos alimentícios em embalagens de plástico, existem certificados que garantem que essa embalagem é certificada e produzida de forma sustentável.

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O ESG e a matriz de materialidade

Quando o assunto é sustentabilidade empresarial e práticas do ESG, é muito importante fazer o uso de uma ferramenta chamada matriz de materialidade. Conforme surgem as questões ambientais e sociais e as empresas acabam sendo inseridas também nesse contexto, torna-se valioso contar com a materialidade para
elaborar o planejamento estratégico.

O que é uma Matriz de Materialidade?

Primeiramente, é essencial saber o que de fato é e qual o objetivo de uma Matriz de Materialidade. Na verdade, trata-se do processo de conhecimento dos temas mais importantes para a empresa, sempre baseado na estratégia de negócio e também na percepção dos stakeholders sobre os impactos.

Outro ponto importante que a matriz de Materialidade permite é avaliar e analisar cada assunto para minimizar custos e elevar a participação da organização no mercado. Além disso, ela ajuda no gerenciamento de riscos, além de gerar oportunidades de negócio através da identificação de temas relevantes como serviços e modelos que possam melhorar o fator de margem de lucro, preço, etc.

Os assuntos também podem ser detectados através do envolvimento com os públicos internos e externos, benchmarking da área de sustentabilidade e análise dos meios de comunicação. Veja a seguir:

Engajamento de stakeholders

Todo negócio possui seus públicos externos: comunidade, fornecedores, concorrentes, etc) e internos (colaboradores, comitê de conselho, diretoria, acionistas, etc). Todavia, cada stakeholder possui suas respectivas preocupações e expectativas para com a atuação da companhia.

Uma das alternativas é fazer reuniões e grupos de discussão para saber quais assuntos cada público acredita ser mais relevante. Entretanto, o recomendado é que os stakeholders participem do processo desde o início da fase de definição de temas, pois assim eles participam do processo de materialidade em todas as etapas.

Análise dos meios de comunicação

Ao analisar as mídias de comunicação, é viável identificar assuntos pelos quais a companhia é mais elogiada ou criticada. Muitas agências de comunicação fazem esse tipo de trabalho e podem auxiliar as empresas nessa análise. A imagem e a reputação da empresa giram em torno das matérias e notícias que são publicadas e chegam ao grande público.

A partir de uma boa pesquisa de boas práticas, engajamento com os públicos internos e externos e análise dos meios de comunicação se consegue fazer um levantamento de diversos temas que são importantes para a organização ou para um stakeholder.

Matriz de Materialidade e o GRI

Sabemos que é de extrema importância reportar os dados de ESG e realizar esta atividade com objetividade e clareza é imprescindível. O Global Reporting Initiative (GRI) é um dos indicadores mais relevantes para o ESG. Nesse sentido, uma das exigências do GRI para a elaboração de relatórios voltados para a sustentabilidade é a presença da Materialidade.

A Matriz de Materialidade precisa de dados de qualidade

Um erro que muitas companhias cometem é usar a Matriz de Materialidade somente para cumprir os requisitos do GRI, ou seja, acabam não dando a devida atenção para as oportunidades que podem surgir nem os aprendizados.

Portanto, devido a essa prática, muitas informações acabam sendo colhidas sem o cuidado necessário, e acabam deixando de fora a análise de gestores importantes, gerando uma matriz incompleta e inconsistente. Por isso, para ter a materialidade de forma mais assertiva, é de extrema importância que seja feita muita pesquisa e levantar dados de qualidade. Afinal, a matriz é somente uma maneira de apresentar o resultado de toda esta pesquisa visando identificar os interesses de ESG, no ponto de vista da empresa e dos stakeholders.

Conclusão

Tendo sempre em mente os riscos ambientais, sociais e de governança (ESG), um levantamento de materialidade bem realizado pode ajudar a empresa a identificar os dados mais relevantes de sustentabilidade para a elaboração do relatório não financeiro, além de melhorar a relação da empresa com os stakeholders, inclusive com os investidores.
E a sua empresa, como está em relação ao ESG? Para ter acesso a outros artigos ligados à sustentabilidade, acompanhe nosso blog.

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Aspectos ambientais: um dos pilares do ESG

O mercado está cada vez mais exigente quanto à participação das companhias nas questões que envolvem os aspectos ambientais e a sociedade. Portanto, as empresas que se adaptam e trabalham na disseminação de uma cultura organizacional relacionada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), ganham mais destaque junto à concorrência e melhoram seu posicionamento de marca.

Podemos dizer que diante deste cenário, o alinhamento dos critérios ESG vem se tornando um forte aliado corporativo para nortear ações que podem ser implantadas nas empresas.

O ESG é baseado em três pilares. Primeiramente são os aspectos ambientais, que envolvem assuntos relacionados à emissão de gases poluentes, uso de recursos naturais, gestão de resíduos, entre outros temas ambientais. Em segundo lugar, é a questão social que trata de aspectos sobre as comunidades do entorno, valorização de colaboradores, satisfação dos clientes e outros stakeholders, etc. Por fim, é o pilar de governança corporativa, que trata de temas como compliance, ética, ações anticorrupção e transparência financeira.

Aspectos ambientais do ESG e seus benefícios

As três bases que sustentam o conceito ESG devem estar constantemente alinhadas e sinérgicas para que a companhia possa obter bons resultados. Nesse sentido, os aspectos ambientais disponibilizam diversas oportunidades para que a organização altere seus processos e planejamentos com o intuito de obter mais vantagens. Veja a seguir alguns exemplos: 

Emissões de gases de efeito estufa

Uma das formas de diminuir a emissão de gases é realizar a substituição dos equipamentos e máquinas  que fazem uso de combustíveis fósseis que através do seu processo de queima, geram gases que intensificam o efeito estufa. Dessa forma, a empresa se enquadra nos padrões globais de excelência operacional.

Eficiência energética

Realizar investimentos em energia limpa e fazer a otimização de processos para melhor aproveitamento de matéria-prima, faz com que a organização produza utilizando menos recursos. Consequentemente, essa iniciativa faz com que haja economia no uso de água e energia elétrica, gerando um ganho de eficiência energética.

Gestão de resíduos e efluentes

Existem muitas leis vigentes sobre a gestão de resíduos sólidos e padrões de lançamento de efluentes. Por isso, as empresas devem estar sempre atentas às legislações e obedecer essas normas. Ao fazer isso, é possível potencializar a eficiência produtiva, e consequentemente o número e qualidade de resíduos e efluentes produzidos é melhorado, impactando na diminuição dos custos e evitando assim penalizações ambientais.

Poluição

Ao realizar processos de produção que exijam menos recursos e ao diminuir a emissão de gases na atmosfera, os níveis de poluição serão menores. No entanto, ao adotar essa prática, se torna mais fácil cumprir as normas relacionadas aos padrões ambientais.

Uso dos recursos naturais

Fazendo com que os processos produtivos realizem o aproveitamento máximo de matéria-prima, por consequência, a companhia passa a precisar cada vez menos de insumos, tornando ainda menor a geração de resíduos.

Transição para economia de baixo carbono e economia circular

O desenvolvimento da economia circular e de baixo carbono exige políticas que façam pleno uso das oportunidades de redução de emissões de gases de efeito estufa em todas as áreas da economia.

Nossa economia atual é baseada na extração e descarte, causando consequentemente a exaustão de recursos naturais. Portanto, se torna fundamental a transição para a circularidade, onde os recursos naturais possam ser utilizados por mais tempo e aproveitando todo seu potencial. 

Uma ação interessante é adotar a Logística Reversa como uma estratégia de circularidade, com a finalidade de aumentar índices de reciclagem de material. Acordos setoriais já estão sendo colocados em prática no Brasil cobrando que parte do material colocado no mercado pelas empresas tenha logística reversa comprovada.

Ao adotar práticas de trabalho que auxiliam as partes que compõem a cadeia de valor, as organizações conseguem utilizar os recursos de forma mais eficaz. Além disso, consegue reduzir as emissões de gases do efeito estufa e aumentar a capacidade de se adaptar à sua cadeia de valor.

A SGS Sustentabilidade possui  uma área dedicada a projetos de Economia Circular e Logística Reversa, com grande expertise na cadeia pós consumo e pode ajudar nas estratégias de aumento de reciclagem dos materiais.

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Indicadores ESG e o impacto nas empresas

Os indicadores ESG estão diretamente relacionados às ações empresariais sob o ponto de vista Ambiental, Social e Governança.

Dessa maneira, de uma visão corporativa, os indicadores ESG são aplicados para qualificar as ações das empresas, isto é, são avaliados os pontos no que diz respeito à conformidade e preservação do meio ambiente, sustentabilidade, sociedade, ética e práticas anticorrupção.

A finalidade é mostrar o compromisso das empresas nos temas ligados  diretamente a sociedade e o meio ambiente. Mas, não basta apenas se interessar pelo assunto, elas devem  exercer suas responsabilidades perante essas áreas.

A iniciativa incentiva o mercado a tornar a gestão empresarial mais eficiente nas suas práticas voltadas para sustentabilidade, compliance e social. Além disso, o objetivo também é fortalecer a imagem positiva da empresa perante a sociedade, tornar-se mais atrativa para investidores e deixar os acionistas mais satisfeitos. 

A seguir vamos falar mais sobre os indicadores ESG e como essa tendência empresarial já se faz presente de forma global, inclusive no Brasil.

Qual a relevância dos indicadores ESG?

Inegavelmente, as empresas que adotam as boas práticas de compliance e governança corporativa se tornam mais confiáveis, não apenas para investidores mas, para fornecedores também. Isso ocorre porque há menos chances de casos de corrupção e outras inconformidades.

Uma vez que, práticas como o compliance ambiental e social se destacam, faz com que os investidores busquem nos índices ESG as alternativas mais promissoras para seus investimentos.

Na verdade, isso quer dizer que as práticas que aceitam os objetivos de governança corporativa representam o que deve ser realizado, ou seja, fazem parte das responsabilidades essenciais de qualquer organização séria, que tem como finalidade crescer a longo prazo.

Os indicadores ambientais ajudam os investidores a encontrar empresas que realizam atividades mais sustentáveis. Isto é, atuam de forma correta quanto ao ambiente em que estão inseridas e  agem de forma responsável quanto aos recursos naturais.

No entanto, os indicadores sociais estão diretamente ligados aos direitos humanos, e desenvolvimento das comunidades no entorno onde atua. Também servem para indicar aos investidores que uma companhia promove o desenvolvimento da sociedade e melhora a qualidade de vida de todos que se relacionam com ela. 

Indicadores ESG no Brasil

Atualmente, nosso país Brasil segue na aplicação das práticas que estão em alta no mercado internacionalmente. Pelo fato das organizações estarem a cada dia que passam mais globalizadas, deve-se acelerar tal demanda. Mesmo com essa iniciativa, ainda estamos em um fase inicial em relação aos indicadores ESG.

Segue alguns indicadores com relação às questões ambientais, sociais e de governança. Veja quais são:

Indicador Carbono Eficiente – ICO2

O indicador ICO2 é formado por companhias que desenvolveram políticas para controlar e diminuir a emissão de gases responsáveis pelo efeito estufa. A finalidade é promover discussões sobre as questões climáticas e elencar as organizações corporativas que se comprometem de forma ética a uma prática econômica de baixo carbono.

Indicador de Governança Corporativa 

Hoje em dia o foco têm sido as causas voltadas para o meio ambiente e a sociedade. Mas, vale lembrar que o compliance e a governança corporativa ainda exercem um papel muito importante dentro das empresas. 

Dessa maneira, o Indicador de Governança Corporativa é o índice de performance que realiza a qualificação dos ativos de empresas relatadas no Novo Mercado ou nos Níveis 1 e 2 da Bolsa de Valores B3. 

Indicador de Sustentabilidade Empresarial – ISE

O terceiro é o  Indicador de Sustentabilidade Empresarial (ISE B3), que avalia as empresas citadas na Bolsa de Valores da perspectiva de responsabilidade socioambiental. Portanto, estimulam práticas sustentáveis que incentivam o crescimento da sociedade e a responsabilidade com o meio ambiente.

Considerações Finais

Atualmente os investidores vêm buscando rendimentos mais confiáveis e promissores a longo prazo. Além disso, ocorre também a pulverização do investimento em ações por parte de pessoas físicas, que demonstram mais preocupação com as questões sócio-ambientais.

Todo esse movimento gera mudanças na maneira como as instituições se mostram para o mercado, entretanto, esse posicionamento precisa ser cada vez mais positivo e transparente. Pois, atuar de acordo com as boas práticas de governança, evitando má conduta relacionado à ética e corrupção não é suficiente. Neste caso, é preciso fazer mais e provar que o respeito à sociedade e ao meio ambiente também é realizado.

Se uma empresa adota práticas que geram bons resultados nos indicadores ESG, dificilmente ela vai fechar negócio com stakeholders que não atuam da mesma forma. Em conclusão, a aplicação do indicador ESG já é uma realidade e com certeza conduzirá as ações do mercado futuramente.

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